Neste início da série “Digno”, refletimos sobre quem é Deus. O livro de Apocalipse começa com uma revelação poderosa de Jesus a João, onde tenta descrever uma realidade espiritual maior do que aquilo que ele conhecia. Por isso ele usa expressões como “semelhante”, “como se fosse”, e “aparência”, mostrando que ele estava vendo algo que palavras humanas mal conseguem explicar.
Mesmo assim, há coisas familiares no texto:
- Deus é descrito como “aquele que é, que era e que há de vir” – isso aponta para a eternidade do Pai.
- Os “sete espíritos diante do trono” nos lembram da plenitude do Espírito de Deus.
- E Jesus é chamado de testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos reis da terra. Ou seja, já nesse começo vemos a presença da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
- IMPORTA PERCEBER QUE DEUS É UM SÓ, MAS TAMBÉM É UMA TRINDADE. DEUS ÉTRIUNO.
Essa é a essência do ensino da Trindade. Essa afirmação “não se trata de uma só pessoa que se manifesta de modos diferentes” (isso seria uma heresia chamada modalismo).
A Bíblia nos mostra claramente que o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus, e ainda assim há um só Deus.
Isso não dá pra entender só com a razão humana, sua compreensão supera a nossa capacidade, mas podemos crer porque foi o próprio Deus quem nos revelou assim:
- "Façamos o homem à nossa imagem" (Gênesis 1:26)
- “Eu e o Pai somos um” (João 10:30)
- “Nós viremos a ele e faremos morada” (João 14:23)
Deus não é alguém que conseguimos explicar. Ele é infinito, e nós somos limitados. Só Deus conhece a si mesmo — Pai, Filho e Espírito interagem entre si de forma perfeita.
Como Jó disse: “Você consegue sondar os mistérios de Deus? São mais altos que os céus, mais profundos que as profundezas...” (Jó 11:7-9)
- DEUS NÃO PODE SER CONHECIDO POR NÓS, MAS PODE SER REVELADO A NÓS
Mesmo sendo tão grande, Deus decidiu se revelar a nós.
- CRISTO NOS REVELA DEUS ELE PRÓPRIO É DEUS
João 1:18 diz que ninguém jamais viu a Deus, mas o Filho o tornou conhecido. A Trindade só ficou mais clara para nós com a vinda de Jesus e, depois, com o envio do Espírito Santo. Foi por meio de Cristo que pudemos ver o coração do Pai, e com a vinda do Espírito, experimentamos Sua presença viva em nós.